Economia
GOVERNO LULA: FUNCIONÁRIOS DE TERCEIRIZADAS RELATAM ESTAR SEM SALÁRIOS EM 3 MINISTÉRIOS

Um novo caso de atraso salarial lança uma séria de questionamentos sobre os contratos governamentais firmados com empresas terceirizadas. Funcionários da R7 Facilities, prestadora de serviços para os Ministérios das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Igualdade Racial (MRI), denunciam que estão com os pagamentos atrasados, gerando incertezas e dificuldades financeiras para dezenas de trabalhadores.
A Empresa e as Controvérsias
A R7 Facilities não é nova no noticiário de irregularidades. Desde março de 2024, a Controladoria-Geral da União (CGU) investiga a companhia sob suspeitas graves: uso de laranjas para registro societário e operação em endereços de fachada. Mesmo assim, a empresa conseguiu contratos que somam pelo menos R$ 13,1 milhões com diferentes pastas do governo Lula.
O Impacto nos Funcionários
Os atrasos salariais têm afetado diretamente trabalhadores que já enfrentam condições financeiras precárias. Funcionários terceirizados, muitas vezes responsáveis por serviços essenciais como limpeza, segurança e apoio administrativo, reclamam de atrasos recorrentes e falta de perspectivas de solução.
“Estou há dois meses sem receber. Tenho conta de luz atrasada, criança em casa, e ninguém nos dá uma explicação clara”, desabafou um dos trabalhadores, que pediu para não ser identificado.
A Relação com o Governo Lula
Os contratos firmados com a R7 Facilities levantam dúvidas sobre os critérios adotados para a contratação de fornecedores pelo governo federal. Apesar das investigações em curso, a empresa conseguiu acesso a diversos contratos em 2024, ampliando sua presença em órgãos públicos. A situação contrasta com a promessa do governo Lula de priorizar empresas idôneas e promover uma administração transparente.
Em nota, o Ministério das Mulheres afirmou estar “atento ao caso e buscando soluções”, enquanto o MRI informou que está “monitorando os contratos com a R7 Facilities para assegurar o cumprimento das obrigações trabalhistas”. Até o momento, não houve declaração oficial da empresa sobre os atrasos.
O Que Diz a CGU?
A investigação da CGU, aberta em março, apura se a R7 Facilities faz parte de um esquema maior de empresas de fachada que visam ganhar licitações públicas sem oferecer as garantias necessárias para a execução de contratos. Caso as irregularidades sejam confirmadas, a empresa pode ser proibida de participar de licitações e ter contratos rescindidos, mas isso também representa um risco aos trabalhadores, que dependem desses empregos.
Pressão Popular e a Necessidade de Ações Mais Enérgicas
A situação tem gerado crescente insatisfação popular. Redes sociais foram tomadas por críticas à gestão dos contratos pelo governo e cobranças por ações enérgicas. Especialistas em gestão pública afirmam que o caso da R7 Facilities deve ser um ponto de partida para uma revisão ampla na contratação de terceirizados pelo poder público.
Conclusão
O episódio envolvendo a R7 Facilities expõe uma série de falhas no sistema de contratação de serviços terceirizados pelo governo. Enquanto trabalhadores seguem sem receber, a população exige mais rigor na seleção de fornecedores e um compromisso mais claro com a transparência. Sem uma resposta rápida e eficaz, o caso pode se tornar um marco negativo na gestão Lula e gerar impactos duradouros na credibilidade do governo junto aos cidadãos.
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