Brasil
INOVAÇÃO NO PAGAMENTO DIGITAL: BANCO CENTRAL LANÇA PIX POR APROXIMAÇÃO EM PARCERIA COM O GOOGLE
O Banco Central do Brasil (BC) deu mais um passo importante na modernização dos pagamentos digitais com o lançamento do Pix por aproximação, uma nova funcionalidade que promete tornar as transações financeiras ainda mais rápidas e práticas para os brasileiros. Em uma parceria inédita com o Google, a tecnologia permitirá que usuários façam pagamentos instantâneos apenas aproximando o celular de um dispositivo compatível, dispensando o uso de QR Codes ou senhas para transações de pequeno valor.
A funcionalidade foi anunciada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante um evento sobre inovação financeira em Brasília. Segundo ele, a integração com o Google amplia as possibilidades de uso do Pix e responde à crescente demanda por conveniência e segurança nos pagamentos digitais. “O Pix por aproximação é um marco na digitalização dos serviços financeiros no Brasil, facilitando ainda mais a experiência do usuário com rapidez e segurança, além de ser uma importante inclusão digital,” afirmou Campos Neto.
O Pix por aproximação utiliza a tecnologia NFC (Near Field Communication) – a mesma que permite o pagamento por aproximação em cartões e carteiras digitais. Com ela, basta que o usuário tenha um dispositivo com NFC habilitado e compatível para concluir a transação ao aproximar o celular de um terminal de pagamento. A novidade dispensa a necessidade de escanear um QR Code, simplificando o processo, especialmente em situações onde o tempo e a praticidade são importantes.
A parceria com o Google envolve, inicialmente, o sistema Android, permitindo que usuários que utilizem o Google Wallet (carteira digital do Google) e outros aplicativos bancários habilitados possam realizar as transações por aproximação usando o Pix. A nova funcionalidade está prevista para estar disponível em grandes redes varejistas e estabelecimentos que já possuem terminais de pagamento compatíveis com NFC.
Para promover segurança, o Banco Central determinou que transações de pequeno valor possam ser realizadas sem autenticação adicional, enquanto valores mais altos precisarão de senha ou autenticação biométrica, garantindo proteção em caso de perda ou roubo do dispositivo.
O lançamento do Pix por aproximação vem como parte do esforço contínuo do Banco Central para expandir o sistema de pagamentos digitais no Brasil, que, desde seu lançamento em 2020, revolucionou a forma como os brasileiros fazem transações financeiras. Hoje, o Pix é usado por mais de 150 milhões de pessoas no país, facilitando desde transferências entre amigos até o pagamento de contas e compras online.
A inclusão da tecnologia NFC fortalece o Pix como uma ferramenta que atende a diferentes perfis de consumidores, desde aqueles que buscam praticidade até os que necessitam de acessibilidade no uso de serviços financeiros. Especialistas apontam que o uso de aproximação é especialmente relevante para pessoas que têm menos familiaridade com smartphones ou que desejam agilidade nas transações cotidianas.
Para Juliana Medeiros, economista e especialista em inovação financeira, o Pix por aproximação é mais um avanço que democratiza o acesso à economia digital. “Essa nova modalidade de pagamento permite que as pessoas realizem compras de maneira ainda mais acessível e rápida, com grande impacto no comércio. A agilidade facilita o uso em situações como o transporte público, onde o tempo e a simplicidade são essenciais,” explica Juliana.
A novidade é bem recebida por varejistas, que veem no Pix por aproximação uma forma de reduzir custos e otimizar o atendimento ao cliente. Com a nova modalidade, estabelecimentos poderão diminuir o tempo nas filas e agilizar o atendimento, especialmente em supermercados, restaurantes, farmácias e outros locais de grande movimento.
Empresários esperam que a implementação da nova funcionalidade traga economia em comparação com os cartões de crédito e débito tradicionais, que ainda cobram taxas de operação. Para Renata Souza, gerente de um supermercado em São Paulo, a economia é um ponto importante. “O Pix já ajudou a reduzir os custos com as taxas de cartão. Agora, com a aproximação, vamos agilizar ainda mais o atendimento e proporcionar uma experiência melhor para o cliente,” afirma Renata.
A escolha do Google como parceiro estratégico é um passo significativo para ampliar o uso do Pix por aproximação em uma escala nacional, especialmente pela popularidade do sistema operacional Android no Brasil, que representa cerca de 90% dos smartphones no país. A parceria também envolve o aprimoramento da segurança e da experiência do usuário no Google Wallet, garantindo que os dados dos usuários estejam protegidos e que a nova funcionalidade esteja integrada ao ecossistema de pagamentos do Google.
O vice-presidente do Google para a América Latina, Rodrigo Maia, ressaltou que a parceria com o Banco Central é uma oportunidade para o desenvolvimento de novas tecnologias que facilitem a vida dos brasileiros. “O Google está comprometido com a inovação e segurança no uso de pagamentos digitais. Com o Pix por aproximação, acreditamos que estamos contribuindo para um futuro onde as transações financeiras sejam mais simples, seguras e acessíveis para todos,” afirmou Maia.
Embora a parceria com o Google seja um primeiro passo, o Banco Central já estuda a expansão do Pix por aproximação para outras plataformas e sistemas operacionais, incluindo o iOS da Apple. Segundo fontes do BC, o objetivo é garantir que todos os usuários, independentemente do dispositivo que utilizam, possam usufruir da conveniência do Pix por aproximação.
Além disso, o Banco Central também planeja estender o uso do Pix para novos setores, como o transporte público e o pagamento de pedágios, onde o modelo de aproximação poderá fazer uma diferença significativa. “Queremos que o Pix seja a forma de pagamento mais versátil e acessível possível, presente em todos os momentos da vida dos brasileiros,” explicou Campos Neto.
A população brasileira, que rapidamente aderiu ao Pix desde seu lançamento, já demonstra entusiasmo com a novidade. No entanto, especialistas alertam para a importância de conscientizar os usuários sobre as práticas de segurança digital, como a proteção do dispositivo com senha e a ativação de autenticação biométrica, para garantir a segurança das transações por aproximação.
Para João Silva, usuário frequente do Pix, a nova funcionalidade representa mais praticidade. “Uso o Pix em quase tudo, e a possibilidade de pagar só com a aproximação é ótima. Fica muito mais rápido e fácil, especialmente em lojas e mercados,” comentou o estudante.
Com o lançamento do Pix por aproximação, o Banco Central reforça seu papel de líder na transformação digital do sistema financeiro nacional. A nova funcionalidade está em linha com o Plano de Pagamentos Instantâneos do BC, que visa tornar o Brasil um dos países mais avançados em termos de inclusão e inovação financeira.
Para especialistas, a expansão do Pix continua a impulsionar o mercado financeiro brasileiro em direção a um modelo mais moderno e inclusivo. A expectativa é que, com novas atualizações e parcerias, o Pix siga se adaptando às necessidades da população, promovendo uma verdadeira revolução digital nos pagamentos do país.
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