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GUAÍBA: DAS ÁGUAS TURBULENTAS À CALMARIA HISTÓRICA

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Em um cenário onde a natureza muitas vezes desafia a resiliência humana, o Lago Guaíba, localizado no coração do Rio Grande do Sul, apresenta uma reviravolta notável. Após enfrentar uma cheia histórica, o Guaíba registrou, nesta terça-feira, seu nível mais baixo desde o evento climático extremo, marcando um momento de alívio e esperança para a população local.

No início deste mês, o Guaíba atingiu marcas alarmantes, com níveis que superaram a cheia histórica de 1941. O pico da inundação foi registrado no dia 6, quando as águas alcançaram 5,33 metros. Desde então, a comunidade observou uma lenta, porém constante, recessão das águas. A redução do nível foi impulsionada por fortes ventos na direção nordeste, que contribuíram significativamente para a vazão do lago.

Hoje, o Guaíba apresenta uma cota de 3,72 metros, a menor deste mês e uma redução de mais de 20 centímetros nas últimas 24 horas. Apesar do recuo, o lago ainda se encontra cerca de 70 centímetros acima da cota de transbordamento, que é de 3 metros. A situação, embora melhorada, ainda requer atenção, especialmente com a previsão de novas chuvas que podem manter os níveis elevados.

Os modelos de projeção indicam que não há risco de nova alta na próxima semana. No entanto, o Serviço Geológico Brasileiro (SGB) mantém alertas de inundações para as bacias do Rio Caí, do Taquari, Porto Alegre e Laguna dos Patos e do Rio Uruguai. A Defesa Civil está em alerta para chuvas que podem ultrapassar 90 milímetros em algumas regiões até a próxima quarta-feira (29), e a formação de um ciclone extratropical no oceano pode trazer ventos de até 80 km/h.

O Guaíba, agora mais calmo, reflete a capacidade de recuperação da natureza e a importância da gestão de desastres naturais. A comunidade, fortalecida por essa experiência, continua vigilante, mas otimista, pronta para enfrentar os desafios que o clima pode trazer. Este momento de baixa histórica não é apenas um respiro para o Guaíba, mas também um sinal de esperança para um futuro onde o equilíbrio entre o desenvolvimento humano e a natureza possa ser alcançado.

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