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Economia

SETOR PÚBLICO BRASILEIRO REGISTRA SUPERÁVIT DE R$6,7 BILHÕES EM ABRIL

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Em um contexto de cautela fiscal, o setor público brasileiro apresentou um superávit primário de R$ 6,7 bilhões no mês de abril, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC). Este resultado contrasta com o superávit de R$ 20,3 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior.

O superávit primário, que não considera as despesas com juros, reflete a diferença positiva entre as receitas e despesas do setor público consolidado, que inclui União, estados, municípios e empresas estatais. O governo central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, contribuiu com um superávit de R$ 8,8 bilhões. No entanto, os governos regionais e as empresas estatais registraram déficits de R$ 1,4 bilhão e R$ 698 milhões, respectivamente.

O resultado de abril representa o pior desempenho para o mês nos últimos quatro anos, evidenciando um aumento no rombo fiscal no acumulado de 12 meses, que atingiu R$ 266,5 bilhões. Esse déficit acumulado equivale a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

A dívida bruta do setor público alcançou 76% do PIB, marcando o maior patamar em dois anos. A dívida líquida também apresentou aumento, situando-se em 61,2% do PIB. Esses números refletem os desafios enfrentados pelo país na gestão da dívida pública e na busca pelo equilíbrio fiscal.

O Banco Central atualizou as elasticidades das dívidas líquida e bruta do setor público a seus principais indexadores, indicando uma vigilância contínua sobre os indicadores fiscais. Ainda assim, o superávit de abril é visto como um sinal de disciplina fiscal, apesar dos desafios impostos pelo cenário econômico atual.

Em resumo, o superávit de abril traz um alívio momentâneo para as contas públicas, mas também destaca a necessidade de medidas sustentáveis de longo prazo para a saúde fiscal do Brasil.

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