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LULA PRESSIONA ANVISA POR AGILIDADE NA LIBERAÇÃO DE REMÉDIOS E GERA ATRITO COM DIRETOR-PRESIDENTE

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Em um evento recente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou publicamente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por maior rapidez na liberação de medicamentos, gerando um atrito com o diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres.

Durante a inauguração de uma fábrica da EMS em Hortolândia, São Paulo, Lula destacou a necessidade de acelerar os processos de aprovação de medicamentos. Ele mencionou que a demora na liberação impede que a população tenha acesso a tratamentos essenciais, especialmente para doenças como obesidade e diabetes.

Lula foi enfático ao afirmar que a Anvisa precisa “andar um pouco mais rápido” para aprovar os pedidos pendentes. Ele ressaltou que a falta de agilidade pode ter consequências graves, sugerindo que a agência só entenderá a urgência quando “algum parente deles morrer porque o remédio que poderia ser produzido aqui não foi produzido”.

A resposta de Antonio Barra Torres veio em forma de uma carta aberta, onde ele destacou os desafios enfrentados pela Anvisa, incluindo a falta de pessoal. Torres afirmou que a agência tem perdido funcionários sem reposição adequada e que o governo federal foi alertado sobre o impacto direto dessa carência no cumprimento das tarefas da Anvisa. Ele mencionou que, em 2023, apenas 50 das 120 vagas disponíveis foram preenchidas e que 35 servidores foram requisitados para outras funções.

Torres também enfatizou que a Anvisa enviou 26 ofícios ao governo desde o início do atual mandato, expondo a necessidade de mais recursos humanos para atender à crescente demanda de trabalho. Segundo ele, a falta de trabalhadores torna inevitável o aumento do tempo necessário para a realização das tarefas.

A cobrança de Lula e a resposta de Torres evidenciam um conflito entre a necessidade de celeridade na aprovação de medicamentos e as limitações estruturais enfrentadas pela Anvisa. Esse embate ressalta a importância de um diálogo mais profundo e colaborativo entre o governo e as agências reguladoras para garantir que a população tenha acesso rápido e seguro aos tratamentos necessários.

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