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EMENDAS PARLAMENTARES: MUDANÇA APÓS ACORDO ENTRE PODERES

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Um recente acordo entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário promete transformar a forma como as emendas parlamentares são geridas no Brasil. O consenso foi alcançado durante um almoço na sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, com o objetivo de garantir maior transparência, rastreabilidade e correção na destinação dos recursos públicos.

As emendas parlamentares são recursos do Orçamento da União indicados por deputados e senadores para atender demandas específicas de suas bases eleitorais. Essas emendas podem ser individuais, de bancada ou de comissão, e são aprovadas no Orçamento da União. No entanto, a falta de transparência e a possibilidade de uso indevido dos recursos sempre foram pontos críticos.

Em dezembro de 2022, o STF considerou inconstitucional o chamado “orçamento secreto”, que permitia a distribuição de recursos sem critérios claros e sem fiscalização adequada. Em resposta, o ministro Flávio Dino suspendeu todos os repasses de emendas impositivas, que são aquelas que o governo federal é obrigado a pagar conforme a indicação dos parlamentares.

O acordo recente estabelece que as emendas impositivas poderão voltar a ser direcionadas, desde que sigam critérios rigorosos de transparência. O Congresso Nacional e o Palácio do Planalto deverão identificar antecipadamente como o dinheiro será utilizado, seja para obras de infraestrutura, eventos culturais ou outras finalidades. Além disso, a prestação de contas ao Tribunal de Contas da União (TCU) será obrigatória, garantindo que os recursos sejam utilizados de forma correta e eficiente.

As chamadas “emendas Pix”, que são transferências diretas para prefeituras e estados, também sofrerão mudanças. Atualmente, essas emendas não possuem transparência sobre a utilização dos recursos e não são fiscalizadas pelo TCU. Com o novo acordo, os parlamentares deverão indicar previamente o destino do dinheiro e a execução dos recursos será monitorada pelo TCU.

As emendas de bancada, indicadas pelo conjunto de parlamentares de cada estado, devem ser destinadas a obras estruturantes como rodovias, pontes e hospitais. No entanto, a falta de transparência e a divisão dos recursos em pequenos montantes para diferentes prefeituras e entidades têm sido um problema. O novo acordo busca corrigir essas falhas, exigindo maior clareza e prestação de contas.

O acordo entre os Poderes representa um avanço significativo na gestão das emendas parlamentares, promovendo maior transparência e eficiência no uso dos recursos públicos. A expectativa é que essas mudanças contribuam para uma melhor aplicação do dinheiro público, beneficiando diretamente a população.

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