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Brasil

SECA HISTÓRICA NO RIO MADEIRA PARALISA HIDRELÉTRICA EM RONDÔNIA

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A seca severa que atinge o Rio Madeira, em Rondônia, levou à paralisação parcial da Hidrelétrica Santo Antônio, uma das maiores do Brasil. A situação crítica do rio, que atingiu seu nível mais baixo em quase 60 anos, forçou a usina a operar com apenas 14% de suas turbinas.

A seca extrema no Rio Madeira é resultado de uma combinação de fatores climáticos, incluindo o aquecimento anômalo do Oceano Atlântico Norte e o fenômeno El Niño, que atrasou o início da estação chuvosa e enfraqueceu as chuvas iniciais. Com o nível do rio em apenas 1,02 metro, a hidrelétrica foi obrigada a paralisar a maioria de suas unidades geradoras, mantendo apenas sete em operação.

A Hidrelétrica Santo Antônio, que possui uma capacidade instalada de 3.568 Megawatts, está atualmente gerando cerca de 490 Megawatts, uma redução significativa em sua produção. A Eletrobras, controladora da usina, informou que a medida foi necessária para garantir a segurança operacional e evitar danos às turbinas.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está monitorando a situação de perto e não descarta a possibilidade de uma paralisação total caso a vazão do rio continue a diminuir. A Agência Nacional de Águas (ANA) já havia declarado situação crítica de escassez de recursos hídricos no rio Madeira em julho, alertando para os riscos de interrupção na geração de energia.

A região amazônica enfrenta um período de seca extrema, e a falta de chuvas agrava ainda mais a situação. A hidrelétrica Santo Antônio opera no formato de “fio d’água”, o que significa que depende diretamente do fluxo do rio para manter suas turbinas em funcionamento. Sem um reservatório para armazenar água, a usina fica vulnerável às variações no nível do rio.

Sem previsão de chuvas significativas para os próximos meses, a crise hídrica no Rio Madeira deve continuar a impactar a geração de energia na região. As autoridades estão em alerta e buscando soluções para mitigar os efeitos da seca, enquanto a população e o setor energético aguardam por uma melhora nas condições climáticas.

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