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PACOTE FISCAL – ECONOMISTA DO UBS DIZ QUE ECONOMIA DE R$ 70 BI É MIRAGEM: “PROMESSAS VAZIAS”

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O governo brasileiro tem promovido seu pacote fiscal como uma solução robusta para equilibrar as contas públicas e garantir o cumprimento da meta de déficit zero em 2024. No entanto, a análise de economistas do UBS coloca em xeque o otimismo oficial, apontando que as medidas apresentadas são incompatíveis com a economia de R$ 70 bilhões prometida. A crítica acende um alerta para a falta de consistência técnica do plano e expõe fragilidades na estratégia fiscal do governo.

Promessas vs. Realidade

Segundo o economista-chefe do UBS, os cálculos apresentados no pacote fiscal carecem de solidez. “Há uma desconexão entre as medidas anunciadas e a expectativa de arrecadação ou redução de despesas. Muitos dos pressupostos são excessivamente otimistas ou dependem de mudanças estruturais que levariam anos para surtir efeito”, afirmou.

Entre os pontos mais questionados estão:

  • Aumento de receitas tributárias: O governo aposta na elevação de arrecadação com programas de combate à sonegação e revisões tributárias, mas analistas apontam que esses ganhos são imprevisíveis e insuficientes no curto prazo.
  • Controle de gastos públicos: A contenção de despesas enfrenta barreiras políticas e operacionais, especialmente em áreas como previdência e folha de pagamento.
  • Aposta em receitas extraordinárias: Medidas como a regularização de ativos no exterior e concessões são estratégias pontuais que não garantem sustentabilidade fiscal.

Impactos sobre a credibilidade econômica

A inconsistência do pacote fiscal levanta questionamentos sobre a capacidade do governo de gerir a política econômica de forma eficiente. A meta de déficit zero, que já era vista como desafiadora, parece cada vez mais inalcançável diante de cálculos irreais e estratégias pouco concretas.

Além disso, o mercado financeiro reage com desconfiança. A percepção de risco fiscal pode levar a:

  • Aumento no custo de financiamento da dívida pública: Com investidores cobrando juros mais altos.
  • Desvalorização cambial: A incerteza fiscal pode pressionar o real, gerando impacto na inflação.
  • Deterioração da confiança empresarial: Empresas tendem a adiar investimentos diante de cenários de instabilidade econômica.

O peso político do fracasso fiscal

A incapacidade de entregar as promessas fiscais também pode custar caro politicamente ao governo. Em um momento em que a confiança popular já está abalada, o não cumprimento da meta de déficit zero pode minar ainda mais o apoio do Congresso, dificultando a aprovação de futuras reformas.

Conclusão: Promessas vazias não pagam contas

O pacote fiscal, vendido como uma solução mágica, está cada vez mais distante de entregar os resultados esperados. Com promessas infladas, cálculos frágeis e falta de medidas estruturais consistentes, o governo arrisca não apenas o equilíbrio fiscal, mas também a credibilidade econômica do país.

Sem transparência e estratégias realistas, o Brasil pode continuar preso no ciclo de déficits e desconfiança. O ajuste fiscal não pode ser apenas um discurso político: precisa ser uma política técnica bem fundamentada.

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