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PRAZO ESTENDIDO: MENDONÇA CONCEDE MAIS 30 DIAS PARA NEGOCIAÇÕES DE LENIÊNCIAS DA LAVA JATO

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O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu mais 30 dias para a conclusão das renegociações dos acordos de leniência da Operação Lava Jato. A decisão atende a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), que alegou a necessidade de mais tempo devido à complexidade técnica das negociações e à greve recente na Controladoria-Geral da União (CGU).

Os acordos de leniência são instrumentos legais que permitem que empresas envolvidas em práticas ilícitas colaborem com as investigações em troca de redução de penalidades. No caso da Lava Jato, esses acordos foram fundamentais para desvendar esquemas de corrupção e recuperar bilhões de reais aos cofres públicos.

A AGU argumentou que a greve dos servidores da CGU, iniciada em 6 de agosto, prejudicou o andamento das negociações. Além disso, a complexidade técnica dos acordos, que envolvem sete grandes empresas, requer mais tempo para que todos os detalhes sejam acertados. Entre as empresas envolvidas estão a Novonor (antiga Odebrecht), Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, UTC, Metha (antiga OAS), Nova (antiga Engevix) e Braskem, que juntas devem cerca de R$ 11,8 bilhões à União.

A prorrogação do prazo é crucial para definir o cronograma de pagamento das dívidas remanescentes e ajustar os termos das renegociações. A AGU e a CGU estão trabalhando para garantir que os novos acordos sejam justos e viáveis, tanto para o governo quanto para as empresas envolvidas. A expectativa é que esta seja a última prorrogação solicitada pelo governo, conforme afirmou o advogado-geral da União, Jorge Messias.

A decisão de Mendonça foi bem recebida por representantes das empresas e por membros do governo, que veem na prorrogação uma oportunidade para finalizar as negociações de forma mais detalhada e precisa. No entanto, a extensão do prazo também gera expectativas sobre a capacidade das partes envolvidas de cumprir os novos termos acordados dentro do período estipulado.

Com o novo prazo, as negociações devem ser concluídas até o final de setembro. As empresas que não firmarem os novos acordos dentro desse período poderão enfrentar sanções mais severas e a exclusão de futuras licitações públicas. A AGU e a CGU estão empenhadas em finalizar as tratativas e apresentar os novos termos ao STF, garantindo que os acordos de leniência continuem a ser uma ferramenta eficaz no combate à corrupção no Brasil.

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